Se você lembra desses programas, sua infância foi digital raiz; confira lista

Se você lembra desses programas, sua infância foi digital raiz; confira lista


MSN Messenger, ICQ, Winamp, Paint e mais: relembre os programas dos anos 2000 que definiram uma geração digital e são relíquias da internet; veja quantos você utilizou Realizar diversas tarefas na internet em questão de segundos é uma tarefa fácil atualmente. Porém, nos anos 2000, era necessário ter mais paciência para esperar um arquivo carregar por horas em programas como eMule e Ares. Esses softwares não eram apenas ferramentas — eram rituais de passagem. Eles moldaram a forma como nos conectamos, compartilhamos e até como nos frustramos com a tecnologia. A seguir, relembre 11 programas que marcaram toda uma geração e prepare-se para sentir uma mistura de nostalgia e alívio por não precisar mais esperar 40 minutos para carregar um vídeo de segundos no YouTube.
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Relembre alguns softwares clássicos nos anos 2000
Divulgação/Freepik
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1. MSN Messenger
MSN Messenger: era o principal programa para troca de mensagens online
Reprodução
O MSN Messenger foi um programa de mensagens instantâneas desenvolvido pela Microsoft, cuja função original era permitir comunicação em tempo real entre usuários por meio de texto, emoticons e chamadas de voz e vídeo. Ele marcou época por ser uma das principais ferramentas de comunicação online nos anos 2000 e se integrar ao cotidiano de milhões de pessoas. O software reformulou a forma coma qual os usuários se conectavam, especialmente pelo sistema de status (“Online”, “Ocupado”, “Ausente” etc.).
Os usuários tinham acesso a funções como personalizar nicknames com símbolos e letras especiais, usar emoticons animados e adicionar frases de impacto no status, muitas vezes inspiradas em músicas ou situações pessoais. Um dos sons icônicos do MSN era o “Tut-tum-tum” de notificação, que se tornou imediatamente reconhecível. Além disso, a cultura de “ficar online” apenas para mostrar presença foram marcas registradas dessa era. O software foi descontinuado em novembro de 2012.
2. Winamp
Winamp era um player clássico que facilitava o download de mídias
Reprodução/Juliana Villarinho
O Winamp foi um player de mídia desenvolvido pela Nullsoft com a função original de reproduzir arquivos de áudio, especialmente no formato MP3, o que tornou o programa um dos programas mais populares para ouvir música no final dos anos 1990 e início dos 2000. Ele marcou época por interface altamente personalizável, com skins que permitiam usuários modificar aparência e oferecia recursos avançados como equalizador, playlists e visualizações de áudio hipnotizantes.
Uma das curiosidades era o slogan “Winamp: It really whips the llama’s ass!” (Winamp: Ele realmente chicoteia o traseiro do lhama!, em português). Os usuários costumavam criar longas playlists e explorar visualizações psicodélicas enquanto ouviam música e usava o Winamp para transmitir rádios online. Isso ajudou a consolidar o Winamp como um símbolo da cultura digital da época. Em dezembro de 2013, o programa foi descontinuado.
3. Paint
Paint ficou conhecido por suas ferramentas básicas de desenho e edição de imagens
Reprodução/Archive.org
O Paint (ou Microsoft Paint) é um programa simples de edição de imagens desenvolvido pela Microsoft, no qual a função original era permitir a criação e modificação básica de desenhos e gráficos em formato raster. Ele marcou época por ser uma ferramenta acessível e pré-instalada no Windows, sendo amplamente utilizado para tarefas simples, como desenho livre, recortes e edições básicas.
Um comportamento típico dos usuários era criar artes pixeladas, fazer montagens humorísticas ou usar o “Spray” e a ferramenta de preenchimento para experimentações criativas. Outro detalhe icônico era o desenho de uma casa e uma árvore, frequentemente usado como exemplo nas primeiras versões do programa.
Desde seu lançamento, em 1985, o aplicativo passou por diversas atualizações. Embora tenha sido anunciado como descontinuado em 2017 (com a atualização do Windows 10 Fall Creators Update), a Microsoft reverteu a decisão devido à nostalgia dos usuários. O Paint ainda existe no Windows, agora disponível também na Microsoft Store (Windows Store) como “Paint” . Seu sucessor modernizado, o Paint 3D, também está disponível para download.
4. Internet Explorer
Internet Explorer era critidado pela lentidão
Reprodução/Windows Phone Central
O Internet Explorer foi um navegador da web desenvolvido pela Microsoft e integrado ao Windows como principal ferramenta de acesso online a partir dos anos 1990. Ele marcou época por dominar o mercado durante a “Guerra dos Navegadores” nos anos 2000, especialmente por vir pré-instalado no Windows, o que o tornou o browser padrão para milhões de usuários. No entanto, ficou conhecido também pela lentidão, problemas de segurança e incompatibilidade com padrões web modernos. Isso levou a piadas como “Internet Explorer é o navegador que você usa para baixar outro navegador”. Quem não se lembra do som que o IE fazia ao travar?
Era comum que os usuários tivessem que esperar (pacientemente ou desesperadamente) as páginas carregarem, enquanto o icônico logo azul em forma de “e” girava infinitamente. O Internet Explorer também foi alvo de memes por sua suposta lentidão em comparação a rivais como Firefox e Chrome . A Microsoft descontinuou o Internet Explorer em 15 de junho de 2022 e o substitiu pelo Microsoft Edge. Apesar de seu fim, o IE permanece como um símbolo nostálgico — e às vezes frustrante — da era inicial da internet.
5. ICQ
ICQ tinha plataforma para celular e computador
Reprodução/Barbara Mannara
ICQ (abreviação de “I Seek You”) foi um dos primeiros programas de mensagens instantâneas da internet, lançado em 1996 pela empresa israelense Mirabilis. O objetivo era permitir a comunicação em tempo real entre usuários por meio de texto, listas de contatos e status online. Ele marcou época por ser pioneiro no conceito de chat instantâneo, popularizando o uso de UIDs (números de identificação únicos, como o famoso “ICQ Number”) e introduzindo recursos como emoticons, buscas por contatos e notificações sonoras. Foi um fenômeno global nos anos 1990 e 2000, antes da ascensão do MSN Messenger e redes sociais.
O som icônico “Uh-oh!” (um alerta de mensagem recebida) era tão reconhecível que virou meme e até toque de celular. Além disso, os usuários decoravam números de ICQ, como se fossem números de telefone, e os compartilhavam em assinaturas de e-mail ou perfis. O app foi descontinuado em 2024 e a fabricante indicou que os usuários migrassem para VK Messenger ou VK WorkSpace.
6. WinRAR
WinRar é um compactador de arquivos que facilita compartilhamento
Reprodução
WinRAR é um programa de compactação e descompactação de arquivos desenvolvido pela RARLAB em 1995. O programa reduz o tamanho de arquivos (criando formatos como .rar e .zip) para facilitar armazenamento e transferência. Além disso, ele também permite a divisão do conteúdo em partes e criptografia. WinRar marcou uma geração por ser mais eficiente que o ZIP padrão e o ferecer melhores taxas de compactação e suporte a arquivos grandes. Isso tornou o programa essencial na era das conexões lentas (como dial-up) e do compartilhamento via pendrives ou CDs.
A interface simples e versatilidade o consolidaram como um dos softwares mais baixados da história, com comportamentos típicos como ignorar a tela de avaliação (o famoso “Ok, entendi”) e usar a versão trial indefinidamente — uma prática tão comum que o slogan “WinRAR is not free” virou piada entre os usuários. Apesar da concorrência de alternativas como 7-Zip e WinZip, o WinRAR ainda existe e recebe atualizações regulares. O programa manteve seu status como uma lenda da computação e um raro caso de software pago que milhões usaram sem nunca pagar por ele.
7. Nero Burning ROM
Nero Burning Rom popularizou a gravação de CDs e DVDs
Reprodução/Archive.org
Nero Burning ROM foi um dos programas mais utilizados para gravação de CDs e DVDs. Lançado em 1997, o programa foi desenvolvido pela Nero AG e permitia que usuários criassem cópias de dados, músicas e vídeos em discos ópticos com alta confiabilidade e recursos avançados, como gravação em múltiplas sessões e criação de discos bootáveis. O software foi essencial durante o auge dos CDs e DVDs (anos 1990 e 2000), quando a gravação caseira de discos era a principal forma de compartilhar música, filmes, jogos e backups. A interface intuitiva e a fama de ser “o mais completo” — com recursos extras como edição de áudio e capas de CD — o tornaram um must-have para qualquer PC da época.
Se a gravação desse errado, a frustração dos usuários ao ver um CD virar literalmente um porta-copos era inevitável. Comportamentos típicos incluíam caçar versões crackeadas (já que o software era pago) e passar horas criando mixes de MP3 para presentear amigos. O programa ainda existe, mas perdeu relevância com o declínio dos discos ópticos. A fabricante focou em soluções multimídia (como edição de vídeo e backup em nuvem), mas mantém versões atualizadas do Nero Burning ROM, agora com suporte a Blu-ray e armazenamento em USB.
8. Avast!
Avast era um antivírus muito popular nos anos 2000
Reprodução/Avast
Avast! foi um dos programas antivírus mais populares e reconhecidos globalmente, desenvolvido pela empresa tcheca Avast Software (fundada em 1988). O software protegia computadores contra vírus, malwares e outras ameaças digitais ao oferecer varreduras em tempo real, firewall e proteção de e-mail. O programa se popularizou nos anos 2000 e início dos 2010 por ser uma das primeiras soluções gratuitas de antivírus eficazes, o que o fez conquistar milhões de usuários com sua interface acessível e atualizações frequentes de banco de dados de vírus.
“As definições de vírus foram atualizadas” e “uma ameaça foi dectada” , tornaram-se sons familiares (e às vezes assustadores) para os usuários. Comportamentos típicos incluíam pular durante a instalação para evitar a instalação de softwares adicionais (como o navegador Avast Secure Browser) e personalizar as opções de escaneamento para evitar falsos positivos. O Avast! ainda existe e continua sendo um dos antivírus mais utilizados no mundo, embora tenha se expandido para outras áreas de segurança digital, como VPN e proteção para dispositivos móveis.
9. Windows Movie Maker
Windows Movie Maker permitia fazer edições de vídeos no computador
TechTudo
Windows Movie Maker foi um programa de edição de vídeos básico desenvolvido pela Microsoft, lançado em 2000 como parte do Windows Millennium Edition. O editor permitia que usuários comuns criassem vídeos caseiros de forma simples, com ferramentas para cortar cenas, adicionar transições, textos e trilhas sonoras.
O programa marcou época por ser uma das primeiras ferramentas gratuitas e acessíveis de edição de vídeo, o que democratizou a produção de conteúdo audiovisual amador na época. Era amplamente usado para criar vídeos de festas familiares, slideshows de fotos e, posteriormente, os primeiros memes e vídeos para plataformas como o YouTube.
Entre as curiosidades, destacam-se os efeitos de transição clássicos, como o “estrelinha” e o “fade”, que se tornaram marcas registradas dos vídeos caseiros da época. Muitos usuários também se divertiam com a função de velocidade acelerada, que deixava as vozes estridentes e cômicas. Um comportamento típico era passar horas editando vídeos simples, apenas para descobrir que o programa travava ao tentar exportar o projeto final. O Windows Movie Maker foi descontinuado pela Microsoft em 10 de janeiro de 2017.
10. eMule
EMule foi um dos principais programas utilizados para baixar músicas
Foto: Reprodução/TechTudo
eMule foi um programa de compartilhamento de arquivos via rede P2P (peer-to-peer), lançado em 2002 como uma alternativa de código aberto ao popular eDonkey. O usuário conseguia baixar e distribuir arquivos (como músicas, filmes, jogos e softwares) diretamente dos computadores, sem depender de servidores centralizados. O programa marcou época por ser uma das ferramentas usadas durante o auge das redes P2P nos anos 2000, destacando-se por sua estabilidade, sistema de créditos (que recompensava uploads) e suporte a fontes múltiplas (baixar partes de um arquivo de vários usuários simultaneamente).
Entre as curiosidades, o eMule era conhecido pela interface complexa, cheia de gráficos estatísticos e configurações avançadas, o que intimidava usuários casuais. Comportamentos típicos incluíam deixar o PC ligado por dias para completar downloads lentos (em conexões dial-up ou ADSL precárias) e organizar listas de “fontes confiáveis” para evitar arquivos corrompidos. O eMule ainda existe e recebe atualizações esporádicas (a última versão estável é de 2023), mas o uso dele declinou drasticamente com o fechamento da rede eDonkey e a ascensão de torrents e streaming. Hoje se tornou um símbolo nostálgico da era P2P — lembrado por quem arriscava vírus para baixar um filme em qualidade duvidosa ou uma música rara.
11. Ares
Ares era uma plataforma que permitia compartilhamento de arquivos
TechTudo
Ares foi um programa de compartilhamento de arquivos P2P (peer-to-peer) lançado em 2002, desenvolvido para facilitar a troca de músicas, vídeos, jogos e outros arquivos entre usuários. O Ares permitia downloads diretos entre computadores conectados à rede Ares Galaxy, sem a necessidade de servidores centralizados, com um sistema descentralizado semelhante ao do eMule.
O programa marcou época nos anos 2000 por ser fácil de usar, com uma interface mais amigável que a de concorrentes como eMule. Além disso, ele oferecia recursos integrados como player de mídia e chat. Tornou-se especialmente popular em países como Brasil, México e Espanha, onde usuários o utilizavam massivamente para baixar música e filmes gratuitamente.
Entre as curiosidades, o Ares era conhecido por consumir muitos recursos do sistema, o que deixava computadores lentos durante os downloads. Era necessário deixar o programa rodando a noite toda para baixar álbuns completos ou filmes em qualidade duvidosa. Usuários também se acostumaram a temer a famosa “lei antipirataria” que assombrava rogramas P2P na época. O uso do Ares foi extremamente reduzido devido ao declínio das redes P2P e à popularização de serviços de streaming como Spotify e Netflix. Ainda é possível fazer download do software, mas ele não recebe atualizações significativas desde os anos 2010, o que o tornou uma relíquia digital da era em que baixar um filme poderia levar dias.
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Fonte: TechTudo

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