Review: Elden Ring Nightreign mantém fórmula, mas traz nova abordagem à saga
Novo título da FromSoftware mescla elementos de Battle Royale, Roguelike e Soulslike em experiência cooperativa inédita; veja análise completa O jogo Elden Ring: Nightreign é o novo título da aclamada desenvolvedora japonesa FromSoftware com lançamento previsto para 30 maio para PlayStation 4 (PS4), PlayStation 5 (PS5), Xbox One, Xbox Series X, Xbox Series S e PC. O game chega às plataformas com grande expectativa da comunidade consolidada da franquia, principalmente após o sucesso do jogo base e da DLC Shadow of the Erdtreee, chamando atenção por introduzir uma proposta cooperativa inédita no gênero. Além disso, o título chega custando R$ 199,50, valor considerado relativamente acessível frente aos principais lançamentos do mercado.
Dado o sucesso da fórmula single player, parte da comunidade se sentiu contrariada com a notícia de que Nightreign seria um jogo focado inteiramente na gameplay cooperativa. Mas, afinal, mesmo sendo diferente de seus antecessores, será que o game consegue ir bem com uma abordagem tão diferente? Veja, a seguir, a análise do TechTudo com detalhes da gameplay, história, desempenho e todas as nossas primeiras impressões.
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Elden Ring Nightreign traz uma proposta coop ao game; veja análise
Divulgação/FromSoftware
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Review: Elden Ring Nightreign mantém fórmula, mas traz nova abordagem à saga
Ambientação e contexto da franquia Elden Ring
Novas mecânicas, coop x solo
História, personagens e ambientação
Elementos visuais e áudio
Performance e preço
Ambientação e contexto da franquia Elden Ring
Elden Ring Nightreign se passa em Limveld, uma região completamente inédita no universo da franquia, que se destaca por estar presa em um ciclo de noite eterna. Diferente das vastas paisagens abertas do jogo original, Limveld apresenta uma atmosfera mais claustrofóbica e melancólica, dominada por tons azuis e roxos que reforçam a sensação de uma noite perpétua.
A região está sob o domínio do Senhor da Noite (Nightlord), uma entidade misteriosa que mantém Limveld em trevas constantes. Esta ambientação noturna não é apenas um elemento estético, mas parte fundamental da narrativa e da jogabilidade, já que as expedições se tornam progressivamente mais perigosas à medida que a noite avança.
Embora seja um título independente dentro da franquia, Nightreign mantém a identidade visual e narrativa característica dos jogos FromSoftware, com cenários detalhados (apesar da randomização do mapa), arquitetura gótica e uma sensação constante de desolação. Igrejas, castelos, cavernas e florestas compõem o cenário de Limveld, com objetivos randomizados a cada expedição, garantindo que cada jornada seja única e imprevisível.
A ambientação melancólica de Limveld, área inédita na qual o jogo se passa, também traz sentimentos únicos durante a nossa jornada para derrotar o Senhor da Noite (Nightlord) e seus lacaios
Divulgação/Steam
Um dos elementos mais interessantes do jogo são os eventos de Shifting Earth (Terra Mutante). À medida que os jogadores completam expedições, começam a receber notificações no HUD de que a terra se moveu. Esses eventos alteram temporariamente o terreno de Limveld de várias maneiras: as áreas afetadas são muito grandes, geralmente exigindo pelo menos um dia inteiro para explorar, e cada uma gira em torno de um tema particular com seus próprios quebra-cabeças ou mecânicas. Completar o objetivo em uma zona de Shifting Earth fornece uma recompensa especial, geralmente um poderoso atributo de personagem ou melhoria que dura pelo restante da missão atual.
O jogo se encaixa na estratégia da FromSoftware de expandir o universo de Elden Ring através de diferentes mídias e experiências, incluindo o mangá já lançado e o filme em produção, oferecendo aos fãs novas perspectivas sobre este mundo sem comprometer a grandiosidade do título original.
Elden Ring Nightreign traz elementos roguelite em partidas com ciclos de três dias e noites
Divulgação/Bandai Namco
Novas mecânicas, coop x solo
A maior inovação de Elden Ring Nightreign está em seu foco na experiência cooperativa, algo inédito para a franquia que tradicionalmente privilegia desafios solitários. O jogo permite que até três jogadores se unam em expedições para enfrentar os perigos de Limveld, cada um assumindo papéis específicos dentro do grupo.
O sistema de combate representa uma fusão única de elementos de Battle Royale, com o mapa que vai se fechando ao longo da gameplay; Roguelike, com o ciclo de derrotas e aprendizado somado à randomização dos objetivos; e o próprio Soulslike, mantendo os elementos característicos dos jogos da FromSoftware. Esta combinação cria uma experiência de jogo dinâmica e desafiadora que se renova a cada expedição.
A jogabilidade de Elden Ring Nightreign gira em torno de uma série de missões chamadas Expedições. Cada Expedição se estende por três dias dentro do jogo: os dois primeiros são dedicados à exploração livre da região de Limveld, com encontros obrigatórios contra chefes ao anoitecer, enquanto o terceiro dia é reservado para o confronto final contra um poderoso avatar do Nightlord.
Elden Ring Nightreign se divide entre ciclos de dia em noite com elementos Roguelike
Divulgação/Steam
Durante os dois primeiros dias, a área segura do mapa vai diminuindo gradualmente, forçando o jogador a seguir em direção à arena do chefe. No terceiro dia, não há exploração — apenas a batalha final com o Nightlord, que encerra oficialmente a Expedição. Embora o foco seja cooperativo, o jogo ainda pode ser desfrutado solo, com o sistema adaptando a dificuldade. No entanto, é importante destacar que mesmo com essa adaptação, é muito mais difícil superar os chefes e desafios jogando sozinho, sem o suporte de outros jogadores
O jogo oferece oito personagens jogáveis distintos, cada um com habilidades fixas e estatísticas predefinidas. Embora seja possível a troca de skins dos personagens, não é possível alterar suas habilidades ou atributos base, o que torna a escolha do personagem uma decisão estratégica importante antes de cada expedição.
Elden Ring Nightreign também introduz novos elementos de movimentação que enriquecem significativamente a jogabilidade:
Arremetida (Surge Sprinting): Ao clicar no analógico esquerdo enquanto o inclina em qualquer direção, o jogador pode realizar um sprint que aumenta consideravelmente a velocidade de movimento, consumindo stamina muito mais rapidamente durante o combate. Embora seja principalmente usado para travessia, esta habilidade também é útil para evitar certos ataques.
Pulo na parede (Wall Jumping): Quando confrontado com um obstáculo ligeiramente mais alto que o salto máximo, o jogador pode inclinar o analógico esquerdo em direção à obstrução e pressionar X/A para escalar a superfície vertical. Esta técnica permite escalar a maioria dos objetos como tendas, ruínas e fortificações menores.
Falcões Espectrais (Spectral Hawks): Podem ser invocados em locais predeterminados marcados por árvores azuis fantasmagóricas no mapa, oferecendo uma opção de travessia segura e relativamente rápida, mas com rotas fixas.
Salto Espiritual (Spiritstreams): Estes pontos de travessia aparecem em locais fixos como vórtices de energia azul, também marcados no mapa. Eles aumentam dramaticamente a altura do salto, permitindo escalar a maioria dos penhascos e fortificações em um único impulso
Elden Ring Nightreign é traz novos movimentos para uma estrutura coop
Divulgação/Bandai Namco
História, personagens e ambientação
A narrativa de Elden Ring Nightreign gira em torno da chegada do Senhor da Noite (Nightlord), que amaldiçoou a região de Limveld com a noite eterna. Os oito personagens jogáveis foram atraídos para esta região, cada um com seu objetivo pessoal, mas acabam unidos pelo propósito comum de derrotar o Senhor da Noite e quebrar a maldição que aflige a terra.
Cada um dos oito personagens possui uma história própria que o jogador vai descobrindo ao jogar com cada um deles. Estas narrativas individuais se entrelaçam com a história principal, revelando diferentes perspectivas sobre os eventos que levaram à maldição de Limveld e sobre a natureza do próprio Nightlord.
Um aspecto interessante da narrativa é que a história parece se passar algum tempo no futuro em relação aos eventos do Elden Ring original, apesar do que disse o diretor Junya Ishizaki sobre a história acontecer em uma timeline diferente do jogo original. Essa relação entre os acontecimentos do último Elden Ring e os do Nightreing é evidenciada por um NPC específico que conta a história da Térvore (Erdtree) e de sua destruição, que estabelece uma conexão temporal com o jogo anterior e expandindo o universo da franquia.
Nightreign traz oito personagens cujas histórias estão entrelaçadas na narrativa
Divulgação/Steam
A história é contada de forma mais linear do que nos outros jogos FromSoftware, mas também através de diálogos com NPCs, descrições de itens e descobertas ambientais. À medida que os jogadores progridem nas expedições, mais detalhes sobre a origem e história do Nightlord e dos personagens jogáveis são revelados, criando uma narrativa que se desdobra gradualmente. A ambientação é rica em detalhes que contam histórias silenciosas sobre o que aconteceu com a região na chegada da noite eterna.
Os cenários variam desde ruínas góticas e castelos abandonados até florestas sombrias e cavernas misteriosas, todos unidos pela estética noturna que domina o jogo. Cada localização possui seus próprios desafios, contribuindo para a construção de um mundo coeso, que se renova a cada gameplay e intrigante, que convida à exploração.
A narrativa, embora menos grandiosa que a do Elden Ring original, oferece uma experiência mais focada e intimista, explorando temas mais pessoais dos personagens jogáveis e menos o destino do mundo em questão, abordando também a luta contra forças que parecem inevitáveis – elementos recorrentes nas obras da FromSoftware.
Nightreign conta sua história de forma mais linear
Reprodução/Bandai Namco
Elementos visuais e áudio
Visualmente, Elden Ring Nightreign mantém o alto padrão estético da FromSoftware, com uma direção de arte que privilegia a atmosfera sombria e melancólica. A paleta de cores é dominada por tons de azul e roxo, refletindo a noite eterna que envolve Limveld, com ocasionais contrastes de luzes quentes provenientes de fogueiras, magias e outros elementos que pontuam a escuridão.
Os efeitos visuais são particularmente impressionantes durante os combates, com magias e habilidades especiais criando espetáculos de luz que se destacam contra o cenário noturno. O design de inimigos segue a tradição da FromSoftware de criar criaturas memoráveis e perturbadoras, desde soldados corrompidos até aberrações grotescas que habitam os recantos mais sombrios de Limveld.
Há uma reutilização de vários assets do Elden Ring original, como notado nos trailers e na gameplay que testamos, mas o jogo consegue manter uma identidade visual própria através da ambientação noturna e elementos exclusivos.
Nightreign mantém o alto padrão estético da FromSoftware, com uma direção de arte que privilegia a atmosfera sombria e melancólica
Divulgação/Steam
A trilha sonora complementa perfeitamente a experiência visual, com composições atmosféricas que intensificam a sensação de melancolia e mistério. Os momentos de silêncio são tão importantes quanto os crescendos musicais durante encontros com chefes, criando uma dinâmica sonora que mantém os jogadores imersos no mundo e que é assinatura da desenvolvedora japonesa.
Os efeitos sonoros são meticulosamente trabalhados, desde o som dos passos em diferentes superfícies até o clangor das armas em combate e os barulhos dos inimigos. A direção de áudio espacial ajuda na imersão e também serve como elemento de gameplay, permitindo que os jogadores identifiquem ameaças e segredos pela audição.
Performance e preço
Com lançamento em múltiplas plataforma, Elden Ring Nightreign apresenta uma performance inconsistente, até mesmo nos consoles de nova geração e PCs de médio a alto desempenho. O jogo mantém um framerate estável durante a exploração, mas durante combates intensos com múltiplos jogadores podem ocorrer quedas de frames e travamentos, esse último, inclusive, incomodando bastante durante nossa gameplay, ao ponto de sermos derrotados pelo Lorde da Noite por conta de um travamento num momento chave da batalha.
Nas plataformas de geração anterior (PS4 e Xbox One), o jogo faz concessões visuais para manter a fluidez, com texturas menos detalhadas e efeitos de iluminação simplificados, mas a experiência central permanece intacta. No PC, as opções de configuração são simples mas permitem ajustes para diferentes configurações de hardware.
Elden Ring Nightreign ainda apresenta alguns problemas de performance
Divulgação/Steam
Já o preço, que é dos grandes atrativos do título, reflete o posicionamento do jogo como uma experiência complementar ao Elden Ring original, em vez de uma sequência completa. Ainda assim, embora haja diversos chefes inéditos para enfrentar e um sistema de progressão que incentiva múltiplas expedições, é difícil recomendar a compra por preço cheio com tantas reutilizações de assets, como mencionado na seção anterior.
O jogo foi dirigido por Junya Ishizaki, que anteriormente trabalhou como diretor de combate do Elden Ring e sua DLC “Shadow of the Erdtree”, além de ter sido Lead Game Designer do Dark Souls 3 e Game Designer do Bloodborne. Sua experiência com os títulos anteriores da FromSoftware é evidente na qualidade do combate e na coesão dos sistemas de jogo.
Trailer de Elden Ring Nightreign
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*Este review foi produzido pela Player1 em parceria com o TechTudo
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Fonte: TechTudo
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