É do Brasil! 8 invenções brasileiras que você nem imaginava — até agora
Com certeza, quando falamos em invenções de brasileiros, um dos primeiros nomes que deve vir à sua cabeça é o de Santos Dumont, o lendário aviador que, sem dúvidas, é uma das maiores inspirações na área de ciência e tecnologia do Brasil. Porém, o Brasil pode se orgulhar de ter criado muitas outras tecnologias que, por sua vez, até hoje exercem um impacto notável em nosso dia a dia.
Invenções brasileiras mudaram desde a forma como nos comunicamos até como tomamos banho, e para que você possa conhecer mais do que os notáveis inventores brasileiros são capazes, o TechTudo apresenta a seguir uma lista com oito invenções que provavelmente você não sabia que saíram de mentes brilhantes tupiniquins.
Identificador de chamadas (Bina)
O identificador de chamadas, também conhecido popularmente como Bina, é uma invenção do eletrotécnico mineiro Nélio José Nicolai, que patenteou sua invenção ainda em 1992 quando a telefonia de certa forma ainda era um artigo de luxo no Brasil.
Mesmo tendo solicitado a patente do identificador de chamada, a invenção de Nélio José foi alvo de processos judiciais que questionavam sua validade, mas que, depois de muitos anos, teve um parecer favorável ao inventor na justiça do Distrito Federal. Nélio José Nicolai faleceu aos 77 anos em 2017, mas sem dúvida deixou um grande legado para as telecomunicações.
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O chuveiro elétrico foi inventado na década de 1940 por Francisco Canhos, um engenheiro brasileiro nascido em Jaú em 1914. Chico, como era popularmente conhecido, desenvolveu o primeiro modelo moderno de chuveiro elétrico como uma solução prática e segura para aquecer a água diretamente no ponto de uso, eliminando a necessidade de sistemas de aquecimento mais complexos.
O funcionamento do chuveiro elétrico até hoje em dia é baseado em uma resistência elétrica que aquece a água à medida que a mesma passa pelo aparelho. Quando o registro é aberto, a pressão da água ativa um mecanismo interno que conecta a resistência à rede elétrica, permitindo o aquecimento da água. A temperatura pode ser ajustada por meio de um seletor que controla a intensidade da corrente elétrica que passa pela resistência. Mesmo hoje em dia, a invenção é muito utilizada e, considerando a ideia inicial, podemos considerar que não houve evoluções tão significativas em relação ao conceito original.
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O filtro de barro é mais uma invenção atribuída ao Brasil, por mais que não haja um consenso a respeito de quem é propriamente o inventor. No entanto, a cidade de Jaboticabal, no interior de São Paulo, é a responsável pelo desenvolvimento do “Filtro São João” ou filtro de barro que conhecemos hoje em dia e que era muito popular principalmente entre os anos 80 e 90.
O filtro tradicional, de barro vermelho e vela porosa, foi criado pela Cerâmica Lamparelli em 1920, na cidade paulista de Jaboticabal, fazendo uso das jazidas de argila da região que sempre foram muito abundantes.
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A Urna Eletrônica é uma inovação de meados de 1995 que tem como criadores uma comissão que o TSE organizou com especialistas do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e do CTA (Centro Técnico Aeroespacial).
A ideia era criar o Coletor Eletrônico de Votos, que tinha como principal objetivo eliminar a intervenção humana no processo de apuração dos votos, o que não só visava trazer mais confiabilidade para o processo, mas também mais agilidade para apuração: por mais que hoje em dia haja quem desconfie do processo eleitoral brasileiro, que é um dos mais respeitados em todo o mundo.
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E quem diria que o popular player portátil da Sony na verdade é inspirado no Stereobelt, que foi o primeiro reprodutor de áudio portátil estéreo de cassetes inventado em 1972, por Andreas Pavel. Ele é um alemão que se mudou para o Brasil aos 6 anos de idade e acabou se tornando uma figura influente em terras brasileiras.
Pavel foi mais um inventor que teve que enfrentar algumas batalhas judiciais para conseguir a patente de sua invenção, que foi rejeitada em alguns países, enquanto em outros o inventor conseguiu o devido reconhecimento. Em 1986 a Sony, que já comercializava o Walkman desde 1980, fez um acordo que renderia royalties para Pavel referente à venda de alguns modelos de Walkman apenas na Alemanha, seu país natal. Em 2004 Sony e Pavel firmaram um acordo que encerrou as disputas judiciais, no entanto, a empresa japonesa nunca reconheceu Andreas como inventor do Walkman.
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Câmbio automático para veículos pesados
O câmbio automático para veículos pesados ou transmissão automática usando fluido hidráulico foi inventado pelos engenheiros brasileiros José Braz Araripe e Fernando Lemos. A patente foi vendida para a General Motors, que ofereceu à dupla US$ 10.000 na hora ou US$ 1 por carro vendido com a tecnologia. Araripe escolheu a primeira opção.
Assim como acontece com outras invenções, existem contestações que mencionam uma indústria de autopeças alemã como criadora da tecnologia.
Avião militar conversível (Tucano)
O Tucano ou EMB-312 é um avião turboélice de treinamento e ataque leve desenvolvido em 1980 pelo engenheiro aeronáutico húngaro-brasileiro Joseph Kóvacs, da Embraer. Hoje, a empresa é uma das mais conceituadas fabricantes de aviões do mundo, além de ser uma empresa brasileiríssima.
O avião, que foi fabricado até 1996, se destacava pela versatilidade e pela posição dos bancos, tendo o assento traseiro mais alto que o dianteiro, o que contribuiu para o sucesso da aeronave que prontamente foi adicionada a frota da FAB (Força Aérea Brasileira), principalmente para o treinamento dos aviadores.
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Soro antiofídico moderno
O que conhecemos hoje como soro antiofídico é uma invenção do sanitarista brasileiro Vital Brazil. Ele teve como base, segundo especialistas, o projeto de soro do médico francês Albert Calmette, que no caso era destinado ao tratamento de um único tipo de veneno.
Vital Brasil também é fundador e foi um dos diretores do Instituto Butantan de São Paulo, sendo hoje uma das referências na criação de soros e vacinas, sendo também um dos institutos mais respeitados e conceituados no mundo.
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Com informações de Embraer, Instituto Butantan, Sony e TSE
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