Melhor que ChatGPT? DeepSeek coloca em xeque liderança dos EUA em IA

Melhor que ChatGPT? DeepSeek coloca em xeque liderança dos EUA em IA

Em 20 de janeiro deste ano, foi lançado o DeepSeek R1, o modelo mais atual do chatbot da empresa. Em benchmarks (sistemas de avaliação), ele supera o ChatGPT na resolução de problemas matemáticos, em programação e em “raciocínio” (capacidade de “pensar logicamente e chegar a uma conclusão”). O ChatGPT, no entanto, leva vantagem por suportar imagens (criação e interpretação) e áudio.

A companha chinesa conseguiu isso usando 2 mil chips para treinar seu modelo, enquanto estima-se que a OpenAI usou dezenas de milhares de chips. Estima-se ainda que o DeepSeek tenha sido treinado com chips menos avançados —sanções dos EUA limitaram para a China e outros países a importação de chips sofisticados para inteligência artificial.

A aparição do DeepSeek tem sido vista como um “momento Sputnik” da inteligência artificial. O termo faz alusão à corrida espacial entre EUA e União Soviética. Na época, o regime socialista lançou o primeiro satélite artificial, em 1971, superando os EUA. Portanto, o modelo de inteligência artificial da companhia chinesa é considerado um momento de inflexão no desenvolvimento da tecnologia ao conseguir mais com menos.

O Deepseek R1 é uma das descobertas mais incríveis e impressionantes que já vi –e, como código aberto, é um profundo presente para o mundo
Marc Andreessen, investidor do Vale do Silício, e que chamou DeepSeek de “momento Sputnik” da IA no X

O DeepSeek conseguiu em menos de dois anos de atividade o que a OpenAI alcançou entre três e cinco anos. O primeiro GPT foi lançado em 2018, mas não era liberado para o público; a primeira versão pública foi em dezembro de 2022. O DeepSeek, no entanto estreou em 2023 e, já em 2025, é visto como um concorrente ao ChatGPT.

O que aconteceu na prática?

Quase todas as empresas de tecnologia dos EUA caíram na bolsa de valores. A Nvidia, que é líder no segmento de chips para IA, chegou a ter queda de 13% (uma perda de US$ 400 bilhões). Ainda apresentaram queda: Meta, Alphabet (a dona do Google), Microsoft, Amazon, AMD, entre outras.



Fonte: UOL Tecnologia

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